Galicia Bilingue... Llevemos adelante una cruzada para defender que el español es nuestro idioma.....el gallego para qué? eso sobra, libertad si, no a su imposición. (Vigo Fevereiro 2008 Centro Cultural Caixanova)
Eis a mensagem bem concisa e a(s) ideia(s) clara(s) e de jeito bem preciso
Essa é a mensagem que está no lado escuro da associaçom Galicia Bilíngue, esse é o empático nome que o Partido Popular está usando, logo do fracaso de outras siglas, para mobilizar as bases mais reaccionárias e espanholistas, nom tanto na Galiza, senom também no resto do estado, pois a mensagem subliminal que leva o nome e o discurso que se acompanha, serve para amossar as ameaças que por aqui e a conta do idioma padece a sacrossanta unidade de Espanha, como diria o cardeal arcebispo de Madrid D. Rouco Varela; e todo isso contra unha política linguística do governo galego que infelizmente nom é muito diferente, que a própria que o Partido Popular véu desenvolvendo, durante os últimos quinze anos, no governo autonómico da Galiza.
O Decreto do Galego no Ensino, é o primeiro dos mandatos que correspondem ao plano de Normalizaçom Linguística elaborado polo Partido Popular e abençoado coa unanimidade das demais forças políticas parlamentares. Esse Decreto sobre a língua nacional da Galiza no ensino, é um autentico desideratum que o PSOE desde o seu controlo da política educativa, de jeito muito fraco quer levar avante, de aí que no ensino qualquer pode ser ensinante em galego, cousa muito curiosa. Nom existem perfis linguísticos para o professorado e para os centros no seu sistema de traslados e promoçons; também nom se exige ao professorado que se cumpra o arigo 33 da Lei 4/88 da Funçom Pública da Galiza no seu sistema de acesso e desenvolvimento do seu trabalho, coa bençom sindical, todo há que dizê-lo; e as normas internas da inspecçom som, nisso do galego, passar nos bicos dos pés nos seus incumprimentos maciços.
O ensino en galego na Galiza non existe
O que sim na realidade garante este Decreto, é que os nenos e nenas galegos non tenham de nenhuma das maneiras ensino em Galego, o qual é a verdadeira e autêntica realidade que se padece na Galiza; o ensino em galego na Galiza nom existe nem está garantido, por mais que esse tratado assinado na sua integridade polo estado espanhol chamado Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias, diga que é imprescindível e por mais que o Conselho de Europa tenha reiteradamente puxado das orelhas ao estado espanhol por este e outros incumprimentos da Carta.
Alguém diria: nom as matemáticas no ensino porque traumam muito ao alunado que se tem de esforçar no seu aprendizado, ou da física, ou do inglês... ou do espanhol que segundo o último informe PISA, é umha das matérias mais problemáticas para os estudantes das comunidades castelhanas e que mais traumas produce nos escolares?
Nom o diria, porque se aperceberia a si próprio como um analfabeto. Pois fazer declaraçons como as que encabeçam este texto é isso, algo próprio de completos analfabetos dizendo barbaridades e que assim insultam os sentimentos das galegas e galegos(1).
Reclamar o direito ao nom conhecimento da Língua Nacional da Galiza e o seu manejo com um mínimo de soltura, só pode partir do desprezo pola língua e cultura deste país nosso, da sua história, do desconhecimento da utilidade dumha língua com a que estamos e somos no mundo, e que neste mundo com mais dum milhar de línguas, é a sexta em número de falantes (e a quinta na internet por diante do espanhol) pois com o nome de português a nossa fala galaica é internacionalmente conhecida.
Negar a nossa língua é negar a nossa história é negar o poder criativo do nosso povo, é negar o acesso ao conhecimento, e isso é ainda mais curioso, quando algum desses que proclama a nom imposiçom do galego (sic) está a prol de que o inglês seja lingua na que se exprimam mais matérias curriculares (2); o qual fala de que a negaçom do galego, quer dizer do vivermos e estudarmos nele, nasce do desprezo, pois só do desprezo pode nascer a proclamaçom e defesa do seu nom conhecimento.
Nom está a AGAL contra a língua castelhana, senom que o nosso é o sermos e estarmos a prol da nossa língua nacional inserida no seu diassistema internacional galego-português-brasileiro, que é objectivo extraordinariamente válido sem necessidade de desmerecermos ninguém.
Velha Gallaecia
Nom somos quem para negarmos os factos tal e como se vivem no nosso país fruto dumha história que se viveu na língua de jeito bem distinto ao norte e sul do Minho da velha Gallaecia, e nom foi por vontade dos galegos e sim vontade da Corte e as suas normas. Nem a AGAL está para andar aos ataques e protestos com nenhuma associaçom, que bem triste é ornear e pensar-se rouxinhol, e os analfabetos sempre nos merecêrom compaixom.
Mas o que sim que queremos proclamar é que, os que da negaçom dos nossos direitos colectivos, fam programa, e incidem nos aspectos mais humilhantes e esmagadores dos sentimentos mais íntimos do nosso povo, batendo no que levam já batendo muito, e pensando assim que nessa onda de humilhaçom e injustiça vam surfar os raxói de turno, que saibam que nom imos cessar em reclamar e exigir os nossos direitos.
Pois o que temos que fazer os galegos e galegas, as organizaçons do movimento normalizador e todas as preocupadas com estes temas, é reclamarmos firmes e serenamente os direitos linguísticos que som nossos e nos pertencem e exercê-los, pois da nossa energia exercendo e vivendo o que é nosso, depende o respeito aos mesmos, e amossarmos ao povo galego que por trás da negaçom dos nossos direitos colectivos como tal povo, desses direitos que nos reconhecem leis tam importantes como a Carta Europeia (3)citada, só está, a ignorância, a inquina e o auto-nojo, realmente três bem tristes figuras para quem as viva.
(1)Segundo esse prestigioso INFORME PISA da avaliaçom da eficácia e qualidade do sistema de ensinanza em diferentes estados, a Comunidade Autónoma da Galiza ocupa lugar destacadíssimo no conhecimento matemático no estado espanhol e um muito bom lugar no linguístico, muito por diante de Madri, Castelas, Andaluzia....modelos para os da Galicia Bilingüe, e bem por cima da média estatal espanhola.
(2)Reclamaçom que podem compartir com muitos membros da AGAL incluído o seu Presidente, que gostaria dumha Galiza que vive na sua língua mas que é plurilingüísta.
(3)Norma de direito positivo muito mais avançada e exigente que o Plano Normalizador do governo Fraga ou a a Lei de Normalizaçom Linguística 1/83, que há muito tempo que devia ter sido reformada
(A Coruña, 1954) Licenciado en Ciencias Políticas e Socioloxía, é presidente da Associaçom Galega da Língua (AGAL) »